Braz Cubas tem alunos premiados pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo

Dois graduados pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Cubas foram premiados pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de São Paulo (CAU/SP).

Eles participaram do Prêmio Projetando o Futuro CAU/SP 2023 – Boas Práticas em Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) de Graduação em Arquitetura e Urbanismo e tiveram seus TCCs selecionados.

Victor Massayuki Pedro Mishima concorreu com o TCC “Novas Perspectivas para Centralidade, uma abordagem a favor da diversidade cultural e urbana” e foi premiado com o Destaque em equidade e diversidade, na Categoria I: Projeto de Arquitetura de Edificações e Interiores.

Já Thaís Bueno Pereira concorreu com o trabalho “MOTIRÕ: Etnodesenvolvimento e Cultura na Aldeia Rio Silveira” e foi premiada com Menção Honrosa e Destaque em equidade e diversidade, na Categoria II: Projeto de Arquitetura da Paisagem.

Ambos tiveram o Prof. Dr. José Francisco Xavier Magalhães como orientador.

Projetando o Futuro

O Prêmio Projetando o Futuro CAU/SP 2023 visa valorizar e tornar público um conjunto de bons trabalhos que contemplem os diversos âmbitos da formação e do exercício profissional.

Os resultados foram homologados em 20 de julho de 2023. Receberam certificados de Menção Honrosa e de Destaques Equidade e Diversidade os cinco trabalhos mais bem pontuados nas seguintes categorias:

– Projeto de Arquitetura de Edificações e Interiores;
– Projeto de Arquitetura da Paisagem;
– Projeto de Patrimônio Cultural, Arquitetônico e Urbanístico;
– Projeto de Arquitetura Efêmera;
– Planejamento Urbano e Regional;
– Habitação de Interesse Social.

O Projetando o Futuro envolveu discentes e docentes, valorizando o trabalho realizado também pelas IES.

Etnodesenvolvimento e Cultura na Aldeia Rio Silveira

Thaís disse que ter o trabalho selecionado nesse concurso tão importante, inclusivo e idôneo foi muito gratificante. “Faz com que toda a pesquisa, visita e estudo realizado sobre o tema indigenista, atualmente ainda mais sensível, específico e desafiador, seja reconhecido. É um incentivo para nós, recém-formados, pois abre novas portas e valida a importância que a Arquitetura tem na vida de todos”, destacou.

Seu trabalho concentra-se na Terra Indígena do Rio Silveira, localizada na divisa entre os municípios de Bertioga e São Sebastião, uma área de 948 hectares que faz sobreposição com o Parque Estadual da Serra do Mar. Por essas terras já passaram povos Tupiniquins e Tupinambás e atualmente a aldeia conta com grupos Guarani Ñhandeva e Mbyá, que abrigam cerca de 120 famílias (aproximadamente 600 pessoas).

Segundo Thaís, a aldeia sofre pressões de todo tipo: expansão urbana, pressão do mercado imobiliário, grilagem e exploração das terras, problemas de infraestrutura, baixa renda, falta de alimentos e de valorização da cultura e memória, esta “muitas vezes esquecida pelos jovens, cada vez mais imersos no ‘modo de viver branco’”, diz.

Por isso, “o trabalho visa trazer qualidade de vida, visibilidade e valorização da cultura dos povos nativos por meio da estruturação de uma rede de etnodesenvolvimento e cultura para a Aldeia Rio Silveira, contando com espaços de imersão cultural, vendas, cultivo e apoio aos turistas”, conclui Thaís.

Diversidade cultural e urbana

Victor destacou o quão marcante foi finalizar a graduação sendo agraciado no prêmio. “É emocionante saber que todo o material que produzi foi valorizado, ainda mais tendo como principal foco da pesquisa uma abordagem a favor da diversidade cultural e urbana da região periférica da cidade de Mogi”, ressaltou.

Seu trabalho tem por foco a Sub-Região Leste do território metropolitano, onde se comparam “os municípios e suas devidas disparidades, tendo como relevância as problemáticas do processo de gentrificação e agravamento da desigualdade social no cenário municipal de Mogi das Cruzes”.

Ao analisar o contexto urbano, ele detecta que as ampliações viárias previstas pelo poder público e pela iniciativa privada promovem, em conjunto, “um intenso crescimento demográfico e consequentemente uma sobrecarga nos corredores urbanos que conectam a região de estudo com o perímetro central da cidade”.

A proposta, segundo ele, passaria por “um projeto arquitetônico e seu vínculo com o cenário urbano, que juntos induzam a diversidade urbana e cultural da região, possibilitando uma leitura macro de desenvolvimento humano por meio de contrapartidas indiretas instigado pelo próprio edifício”.

Dessa forma, conclui ele, seriam “impactos que numa leitura modesta de análise poderiam transformar um município como um todo, a partir da descentralização dos equipamentos públicos e desenvolvimento de regiões periféricas da cidade de Mogi das Cruzes”.

É a formação de excelência promovida pela Braz Cubas alcançando posições de destaque na sociedade!